sábado, 29 de novembro de 2008

Dia 31 – 03/11/08 (segunda) – Back to Brasil


Acordei depois das 10h (dormi muito) e logo depois o Andreas chegou...fomos tomar café e acabamos almoçando num restaurante e depois fomos pro shopping...depois pegamos um táxi e fomos pro centro da cidade...conhecemos tudo por lá e voltamos pra Miraflores e pro shopping que tem bem na praia. Meu dinheiro definitivamente tinha acabado e o que eu tinha era pra pagar a saída do país (100 soles) e o táxi. Como já era noite e estávamos morrendo de fome propus a ele tentarmos a sorte no cassino.





Entramos no Atlantic City, trocamos o dinheiro por fichas e depois de comermos, bebermos e fumarmos de graça ganhamos 4 vezes mais o que apostamos!!!!!


Saímos de lá e fomos comer no bembos hamburguês...voltamos andando pro hostel, peguei minha mochila e chamamos um táxi pro aeroporto. Chegando lá, fomos pegar sua mochila no locker e cada um foi pro seu guichê. Fiz o chek-in rapidamente e o dele demorou muito! Fiquei esperando e conversando.


Depois fomos pro embarque e resolvemos que ficaríamos bebendo no restaurante lá dentro. Como ele tinha mais grana, pagou 75% da conta e ficamos bebendo muito....nos despedimos e cada um foi pra sua fila de embarque. Entrei no aeroporto depois do cara me fazer umas perguntas suspeitas e ter olhado várias vezes meu passaporte, mesmo já tendo passado da imigração.



Entrei no avião e depois de ir no banheiro a aeromoça veio me perguntar se eu tinha bebido...disse q sim, mas só um pouco e ela disse que não me daria nada alcólico no vôo. Dormi a maior parte do tempo mas vi o sol nascer no leste, pois rumávamos nesta direção. Quando chegou São Paulo me dei conta de que havia acabado...30 rápidos dias...sai do aeroporto, comprei o ticket do airport bus service e quando cheguei na praça da república desci e peguei um táxi. Depois de 10 minutos estava em casa. Fim da viagem!



Dia 30 – 02/11/08 (domingo) – Lima


Enfim...o ponto final da viagem. O ponto alto ficou em Machu Picchu e Lima foi só um bônus.


Levantei cedo, e depois de mandar a roupa pra lavar fui ver a corrida de F1. O Luis Hamilton estava disputando o título com o Felipe Massa no GP do Brasil e na sala de TV tinha um inglês vendo! Ficamos falando sobre a corrida e vibrei quando na última volta o Felipe estava ganhando, mas no final deu Hamilton e ele ficou me zoando. Sai e fui comprar algo no supermercado pra comer.


Voltei e fiquei de bobeira depois fui rodar Miraflores...ai sim conheci todo o lugar. Achei muito bonito e mais uma vez me deparei com o Pacífico. O litoral de Lima é um grande barranco e a praia fica lá embaixo. Não tive saco de ir até o centro sozinho...ia esperar o Andreas chegar amanhã mesmo sendo o último dia.



Dia 29 – 01/11/08 (sabado) – De Cusco a Lima

Inevitavelmente acordei um pouco mais tarde...depois de 4 dias uma cama faz muita falta. Fui tomar café, arrumei tudo e dei uma rodada na cidade pra comprar os últimos presentes que faltaram.


Depois chamei um táxi e fui pro aeroporto pegar o vôo pra Lima. O vôo levou 1 hora mais ou menos, fui conversando com uma senhora holandesa sobre o Brasil e chegando em Lima peguei um táxi do aeroporto até Miraflores. Achei caro, mas era mais seguro e era longe!!!


Em Miraflores, dei uma boa descansada e depois fui rodar pelo bairro, mas não fui muito longe. Fiquei no hotel vendo tv e na internet e depois fui dormir. Ia explorar Lima no dia seguinte.

Dia 28 – 31/10/08 (sexta) – Machu Picchu (Hipnotizado por este lugar)


No último dia, acordei dez minutos mais cedo, ou seja 4:20 da manhã...fiquei pelo menos este tempo pra conseguir colocar as lentes dentro da barraca com a ajuda de um espelho e do Andreas segurando a lanterna. Descobri que fui o único que consegui dormir seco, pois de madrugada chuveu muuuuito e fiquei realmente preocupado de no dia mais importante não podermos aproveitar nada!


Tudo foi meio corrido, vi que já tinha grupos saindo pra trilha de madrugada e que a gente tinha que correr tb senão a porta do sol ficaria lotada. Eu preocupado com minha lerdeza nas descidas perguntei se havia muitas e o guia disse que sim. Combinei com ele de arrancar na frente e que depois eles me alcançariam... ele disse tudo bem e sai batido sozinho na trilha. Estas últimas duas horas de caminhada são um saco, porque ao contrário dos outros dias em que parece não haver ninguém no caminho este dia é totalmente engarrafado!


Na minha pressa, passava na cara dura um monte de gente...e algumas vezes achava que eles estavam andando lentos demais ou eu é que estava bem demais, não sei! Só sei que havia tomado dois tylenol, um antes de dormir e outro ao acordar além de recompor todos os band-aids que tinham nos dedos dos pés e me senti novo em folha.


Só sei que andei tanto, mas tanto q me vi junto ao primeiro grupo...porque não via mais ninguém pra frente da trilha...até que junto a este grupo começou uma subida suspeita que não estava na programação do dia...


A subida foi crescendo e crescendo e virou um subidão...e tb foi igualmente horrível...ou seja...todos os dias tem subidas péssimas, até o último, neste é até pior, pois o caminho fica quase 90º graus, um paredão de degraus q tem que subir com a mão e nem é bom olhar pra trás...eu subi curvado pro peso da mochila não me levar pra trás e no fim da subida vi que já tinha era muita gente numas ruinas e todo mundo olhando em uma direção...quando vi...era Machu Picchu!!!!!



Linda, envolta pelas nuvens...creio q neste momento fiquei vendo ela por somente 30 segundos. Depois de uns 30 minutos chegou o meu grupo e era impossível ver Machu Picchu. Continuamos a descida e continuei na frente do grupo...quando cheguei na porta do sol achei a imagem fantástica...fiquei parado olhando a cidade como que embasbacado!



Vi q o Andreas vinha atrás de mim e logo depois os mexicanos, ficamos tão empolgados que fomos além do permitido com mochilas e quando o guia chegou nos orientou voltarmos e irmos para a entrada do parque.

Carimbamos o passaporte, deixamos as mochilas no guarda-objetos, compramos água e ficamos esperando o Roberto resolver algumas coisas. Liguei para casa e entramos na cidade finalmente.




As primeiras duas horas seguimos o Roberto nos explicando cada lugar da cidade...fiquei ansioso por tirar algumas fotos mas depois vi que teria muito tempo e ai voltar em cada lugar novamente. Depois de tudo explicado ele pediu que escrevêssemos algumas palavras sobre o serviço da agencia, entregou os tickets de trem e depois se despediu de nós.



Exceto os americanos que se desligaram completamente da gente, fomos todos a entrada de Wanna Picchu. Eu de ante-mão disse que não iria subir, porque ao contrário dos demais só tinha este dia em Machu Picchu e queria aproveitar a cidade. Acabei convencendo eles a não irem e irem no dia seguinte e fomos todos rodar a cidade. Fomos no Templo do Condor, templo das três ventanas, templo do sol, setor urbano, praça central, setor agrícola, no observatório, casa real...




Acabei retornando em todos os pontos da cidade, analisamos cada lugar, falamos sobre as pedras, sobre a cultura, especulamos o que devia ser isso ou aquilo e pegamos carona em algumas explicações de guias próximos. Voltei na porta em que o Che Guevara tirou sua fotoe registrei a minha. Depois fomos até o templo do sol e depois até a parte alta onde ficamos sentados observando a cidade por 1 hora. Aproveitei e deitei na grama e dormi um pouco...aproveitando a energia do lugar.









Por volta de duas horas começamos a ir pra saída da cidade. Pegamos nossas coisas e depois compramos o ticket do ônibus. Em águas calientes, paramos em um restaurante e comemos devorando a comida de tanta fome que tínhamos. Ficamos bebendo cerveja também e aproveitei para gravar minhas fotos para todos em DVD.




Uma mulher apareceu com fotos nossa do início da trilha e caminhando em formato grande e como sai bem em todas comprei as duas por 10 soles. Pouco antes do horário do trem, me convenceram a ficar em águas calientes e fomos ver se era possível trocar o ticket para o dia seguinte. Não era possível, tive que comprar outro, mas depois fui informado que só chegaria em cusco após o horário de saída do meu vôo para Lima. Desisti da troca e acabei tendo q ir pra Cusco no mesmo dia.


Chegando em Olhataytambo depois de 3 horas de trem junto com os americanos, vi que era dia de halloween e ao contrário do Brasil as crianças estavam como nos EUA vestidas de monstros e pedindo doces...os estrangeiros tb aproveitaram e vi muitos deles com máscaras comemorando a festa.


Ao chegar em Cusco vi muita gente fantasiado e muitas boates enfeitadas pro halloween...queria muito ir, mas estava muito, muito cansado...eu não conseguia subir direito um degrau de tanto dor nas pernas. Resolvi me enfiar na cama e ir dormir.

Dia 27 – 30/10/08 (quinta) – Trilha Inca (terceiro dia)


No café o guia nos perguntou como dormimos, todos disseram que mal e ele nos revelou que o acampamento está em cima de um antigo cemitério!!!! Ainda bem que o aviso foi feito depois de termos dormido, por que em hipótese alguma eu ai conseguir dormir naquele lugar!!!


Começamos o que seria o dia mais tranqüilo, o maior em kilometros, o que teria mais sítios arqueológicos no caminho e o com menos subida. E sim, foi em parte isso pela grande descida do final para o acampamento e pelo início do dia! Durante o trajeto inicial tivemos uma subidinha boa...que também não é tão fácil, mas muito menos difícil do que a do segundo dia...porém ao chegar neste 3º passo eu estava igualmente cansado e disse que ele tinha mentido pra gente dizendo que as subidas acabaram....ele só ria da gente!




Este terceiro passo deve ser uns 400 metros mais baixo que o segundo, mas como havíamos descido ontem muitos metros a sensação era de que estávamos subindo os 4215 novamente...e desta vez eu estava com a minha mochila nas costas...ou seja foi horrível. Depois disso, descidas e subidas pequenas, porém nas descidas eu ficava pra trás...meu joelho instável não me permitia errar nada...por várias vezes pensei: vai ser agora que vou torcer o tornozelo ou que vou cair feio e nada...



Ao passarmos no topo de uma montanha avistamos águas calientes...estava muito perto!!! E logo depois por trás de umas montanhas o topo do Wanna Picchu. Machu Picchu estava por detrás de algumas montanhas....muito perto!




Depois de visitar um último sítio, avistei o quanto de descida tinha e fiquei realmente pra trás...só o guia ficou atrás de mim e estranhamente por várias vezes vi que ele não se aproximava, deixava eu caminhar sozinho...isso foi bom...porque eu pude refletir muito neste dia...pensei bastante e passei por trechos sozinho....como uma escadaria dentro de uma caverna e trechos de ponte que estavam construídas por que o caminho desabou no abismo, além de algumas cachoeiras, uma delas bem grande.




No fim, o guia se aproximou e me passou...me disse o número do acampamento e fui sozinho os últimos metros da trilha...chegando lá desabei na barraca e o Andreas fiqcou curtindo com a minha cara. A infra-estrutura do último acampamento era boa, tinha água quente, um restaurante fechado e vendia muitas coisas, porém tudo caríssimo...só que naquela hora ninguém se importava muito com o preço. Tomei banho depois de três dias e fomos esperar a janta que seria especial. Antes comi chocolate, tomamos umas cervejas e todos dos outros grupos já estavam comemorando como se já estivessem em Machu Picchu. Ficavam dançando, brindando e etc.


A janta foi super generosa, com frango, pimentão recheado, batatas coradas, legumes, arroz e tudo estava muito bom!!! Aliás por todos os dias!!! Depois da janta fomos lá pra fora em uma reunião com os porteadores onde falamos algumas palavras de agradecimento por cada país e demos uma gorjeta pelos serviços. Tiramos fotos juntos e voltamos para jogar cartas! Depois, combinamos o planejamento do dia final e fomos dormir.

Dia 26 – 29/10/08 (quarta) – Trilha Inca (segundo dia)

Choveu desde a noite de ontem até o amanhecer de hoje. Troquei de roupa, sai da barraca e foi tudo muito rápido, em 40 minutos, já estava na trilha. Antes deixei que os americanos colocassem o que quisessem na minha mochila e eu fiquei sem nada pra carregar...isso salvou o meu dia!


No início foi legal, mas começamos a pegar uma subida forte, muito forte. Neste dia começamos a avistar outros grupos e paramos em um posto de controle para descansarmos. Depois retomamos a subida e entramos em uma área de vegetação forte com muitos degraus.


Comecei a subir muito devagar, passo a passo e fiquei perto dos americanos, conversando no que dava. Neste dia estava sem lente, o suor caia nos meus olhos e ardia a vista. Em uma das tiradas do óculos do rosto, a haste quebrou...putz. Tive que emendar com band-aid. Continuei subindo e depois a parte de vegetação se abriu um pouco ao entrarmos em um vale. No topo da montanha estava o 2º passo, o da mulher morta a 4.215m e teríamos cerca de 2 horas pra subir tudo...incrivelmente peguei um fôlego e usei um exercício q o guia ao subir o villarica me explicou...que a subida tem que ser cadenciada, em um mesmo ritmo, passo a passo...digamos eu contava de batidas do cajado e dava uma respirada forte...não sei se foi por isso, mas eu e o Andreas começamos a nos distanciar do restante do grupo e rara foi as vezes que pude prestar atenção na paisagem durante a subida, pois minha concentração foi grande.



Eu estava ficando cada vez mais exausto e a cada virada que eu avistava mais subida eu me desesperava dizendo q não ia conseguir...pra piorar, a garoa que caia virou chuva e tive que colocar o poncho que era uma merda e me molhava de todo o jeito. Depois de um tempo desisti do poncho e coloquei o mesmo dentro do meu anorak na minha frente e comecei a andar...nisso todos já estavam pra trás...comecei a caminhar sozinho e como estava adiantado parava com mais freqüência pra admirar o caminho e descansar. As montanhas eram enormes e lindas. Parecia que eu estava dentro do elo perdido. Quando cheguei no lugar do acampamento, fiquei quase dez minutos sentado esperando o restante do pessoal, o que foi ótimo, porque quem chegava por último andava mais devagar, mas descansava menos...vi q o negócio era dar tudo quando o terreno era plano ou quando me sentia bem e depois administrar a “vantagem” no restante do tempo.


Depois do descanso de todos, parti na frente com o Andreas para a pior parte do dia...a chuva ia e vinha e já estava pouco me importando com isso, eu estava completamente molhado. Essa parte é realmente a mais difícil...mas incrivelmente usando a minha técnica de concentração, conseguimos ir em um bom ritmo até os 4000 metros. Fiquei satisfeito de saber que só haviam mais uns 200 metros de altura e pensei q eram moleza. Fui conferir após a curva da trilha o quanto isso representava e me assustei ao ver o quanto ainda tinha que subir...era tão alto que parecia mais uns 1000 metros. Não acreditava que 200 metros era algo tão alto.



Desabei e fiquei lá sentado muito cansado...realmente andar nessa altitude é totalmente diferente, apesar de não estar passando mal nem nada. Após 10 minutos continuamos...havia muita gente no caminho...o engraçado é que hora eu passava certas pessoas e hora elas me passavam...outras eu passava batido e dava dó os mais velhos olharem pra gente bufando e com certeza desejarem ser um pouquinho mais novos ou mais bem preparados fisicamente. Enfim...continuamos eu e Andreas um incentivando o outro e também hora um mais a frente, hora mais atrás...até q dei uma arrancada e cheguei no topo uns 2 minutos na frente dele....fui direto para a estaca de madeira marcando a altitude do lugar e fiquei esperando os outros sentado ao lado dela...



O guia parabenizou a todos (os americanos chegaram uma meia hora depois) e descansamos um pouco mais neste lugar...havia muita nuvem e fazia muito frio!!! O restante do dia era escadaria pura para baixo. Incrivelmente foi ai que senti que teria problemas...pra mim foi muito mais difícil de descer do que subir...meu problema no joelho voltou a incomodar e usei muito o cajado...os degraus eram totalmente diferentes e escorregadios por causa da chuva....meu ritmo ficou lento e todos me passaram exceto os americanos e por várias minutos caminhei sozinho o que foi ótimo.


Chegamos no acampamento e ali ficaríamos por toda a tarde e noite, não íamos mais andar neste dia...comemos e ficamos conversando sobre tudo, sobre nossos países, política, idiomas, tudo. Depois a noite, começamos a questionar histórias ao Roberto sobre os outros grupos e coisas sobrenaturais tb. Pra que fizemos isso...ele nos contou cada coisa de arrepiar e após a janta nem fui até o banheiro, que ficava a uns 50 metros por uma trilha, fui direto pra barraca e até dormir levei horas e mesmo assim dormi muito mal.

Dia 25 – 28/10/08 (terca) – Trilha Inca (primeiro dia)

Depois de 20 dias após o fim da viagem, volto a escrever o blog...vou tentar me lembrar de tudo, é que depois da trilha Inca, tudo ficou corrido e não consegui colocar mais nenhuma linha no papel.


Lembro de acordar no horário e esperar o guia com minhas coisas na recepção do hostel, ele também chegou pontualmente e fomos andando até a praça de armas onde o microônibus estava parado já com todos os integrantes do grupo. Entrei no ônibus, dei bom dia a todos e ninguém respondeu...já achei estranho!


Fomos para Olhataytambo e chegando lá paramos em um mercadinho para comprar comida, comprei água e chocolate e finalmente puxei papo com o Australiano q estava no grupo, Andreas. Ficamos conversando de boa, ele foi muito legal...depois seguimos viagem até o km 82. Chegamos em um grande pátio onde estava parado vários outros microônibus de outras agências, e todos se preparando para a subida. Cheguei na sacada e já pude ver a fila de porteadores para pegar autorização para a subida. Não íamos passar por aquilo. O nosso posto de controle estava mais a frente ao lado da famosa pontezinha pelo rio Urubamba.


O guia nos deu um protetor para ficar embaixo do saco de dormir e achei aquilo uma droga, pois era mais uma coisa a carregar. Passamos protetor solar, o tempo não estava firme e seguimos para entrada da trilha. Antes paramos para a foto na placa do caminho Inca e ao nos posicionarmos ficamos no meio de um enxame de abelhas, um bem grande...o guia nos disse para ficarmos parados e eu fiquei imóvel...todo aqule zumbido a minha volta, até q aos poucos elas se foram e nem tocaram na gente!



Tiramos a foto, pegamos nosso passaporte, o ticket q ele nos deu e passamos com um pouco de demora pelo controle. Ficamos esperando o guia do outro lado da ponte e conversando com outros que iam subindo. Depois de uns 20 minutos começamos a subida.




No início, tudo tranqüilo, a trilha segue pelo vale, próximo ao rio a esquerda e numa altitude baixa sem problemas, o ritmo é rápido pois o terreno é quase plano! Parávamos pra descansar de 45 em 45 minutos e após algumas subidas mais íngremes. Passamos por algumas casas com mulheres e crianças no quintal e alguns animais, como cachorro, galinhas e ovelhas. O almoço foi em um lugar plano e com uma vista espetacular de montanhas, algo incrível. Fiquei conversando com os mexicanos e só os americanos não se enturmaram. Na parte da tarde, paramos em uma placa com todo o trecho de altitude do caminho inca e o guia nos explicou o quanto subiríamos. Tipo, eu já estava cansado mas quando vi o quanto tínhamos que subi, vi q o dia seguinte seria terrível. Paramos em algumas ruínas e o guia foi nos explicando tudo.




No fim do dia próximo ao acampamento me deu uma preguiça de andar e cheguei por último...eu tava com as pernas que não me aguentava e também já estava chuviscando um pouco mais forte. Quando chegamos no acampamento, as barracas já estavam todas montadas e o lanche da tarde servido. Comemos e ficamos até o jantar conversando na tenda. Havia banheiro e também uma mulher vendendo chocolates e outras coisas. O guai sugeriu a possibilidade de contratarmos carregadores somente para amanhã para as nossas mochilas. Ele nos deixou a sós e ficamos discutindo a relação custo-benefício e achamos por bem contratar três carregadores pelas seis pessoas.

Dia 24 – 27/10/08 (segunda) – Cusco (Preparativos pra trilha Inca)

Acordei puto as 9 com um americano e uma espanhola que estavam conversando quase aos berros na porta do meu quarto. Sai do quarto com uma cara de nenhum amigo! E fui me trocar. Fui numa lan house gravar fotos e enviar pro orkut e depois saquei dinheiro. Fui na agência comprar a passagem pra Lima ou tentar trocar meu vôo com saida de Lima para saida de Cusco.


O cara da agencia era muito lerdo e aquilo me estressou. No fim minha passagem não poderia ser mudada, pois pagaria muito caro. Resolvi comprar a passagem cusco-lima de avião. Não queria mais andar de ônibus no Peru.


Fui comprar presentes para todos e voltei no mercado municipal e nas lojas de artesanatos para turistas. Cusco é um lugar bem legal para se comprar coisas artesanais. Depois almocei por volta das 13h, voltei pro hostel e resolvi adiantar bem o blog ja que ia descansar mesmo hoje.


A noite fiquei de bobeira na praça de armas e depois fui dormir. No dia seguinte estaria na trilha inca.

Dia 23 – 26/10/08 (domingo) – Vale Sagrado (Entendendo os Incas e se divertindo em Cusco)


Sai 15 pras 8 pra tomar café e quando voltei ja tinham passado pra me buscar pro tour do vale sagrado. A menina da recepção correu comigo até a praça de armas e achou a mulher da agência que me encaminhou a outra praça onde fiquei esperando o ônibus junto com outros turistas. Enquanto estava na praça notei que não estava bem...acordei meio mal do estomago e quase cancelei o passeio, mas resolvi encarar.


Entrei no ônibus e já estava lotado. A conta certa, sentei ao lado de uma velha que era um saco. Ela falava em um espanhol incompreensivel e a toda hora queria me dizer algo e ainda por cima era super espalhafatosa. Alias todos no Peru parecem sentar largados. O guia perguntou o nome e a nacionalidade de cada um e fez umas piadas.


Fomos primeiro ao vale sagrado, o ônibus subiu, subiu e subiu e eu me aguentando de tão mal que estava. Era o famoso Soroche. Quando desci no mirante, mas gente pedindo pra comprar coisas e eles falam de um jeito que parece que estão sofrendo, implorando e são muito insistentes! Tirei fotos, o cara disse que o rio lá embaixo era o Amazonas, nao acreditei e deixei pra lá....depois procuro saber sobre isso.



Paramos numa feira de artesanatos e quando entrei um garoto me deu um chá de coca...aquilo teoricamente é bom pro estomago, mas acho que não ajudou em nada, além de que o gosto nao é dos melhores. Dois brasileiros vieram bater papo comigo e com todos que encontrei sempre bati papo, mas neste dia eu tava péssimo e fiquei completamente monossilábico com eles...devem ter me achado antipático, mas é que não conseguia ficar bem. Voltamos pro ônibus e quando a velha entrou ela estava comendo um milho, nossa, aquele cheiro acabou por embrulhar o meu estomago.


Quando levantei da cadeira pra ela passar soltei um: Ah não, dios mio! Que várias pessoas entenderam e riram. O cheiro era horrivel, ela comia de boa aberta...pensei comigo, só podia ser peruana. Quando chegamos em Pisac, entrou um cara solicitando os tickets do circuito turistico e o cara falou que andariamos 6 km!!! O meu humor ficou num estado negativo! Muita escadaria e ladeira, percorremos todas as ruinas de Pisac e paramos pras explicações. Achei a cidade interessante, as trilhas perigosas e vi que aquilo era um pequeno aperitivo para o que veria em Machu Picchu. No retorno pegamos uma escadaria enorme, aquilo me deixou completamente cansado, associado ao fato que estava passando mal.



Quando chegamos em urubamba para o almoco, corri pro banheiro. Nao aguentei e chamei o raul!!!! Nossa...aquilo foi aliviante demais, realmente algo que comi nao me fez bem, ou foi as curvas na estrada somado a altitude, não sei. Só sei que fui ao restaurante, comprei uma coca cola e só. Nao podia ver ou ouvir falar em comida. Fiquei no jardim conversando com uma Peruana que estava no tour, liguei pra casa e depois fomos pro ônibus. A partir dali fiquei melhor e quando chegamos em Olhataytambo já estava quase 100%.


A cidade é base pra saida do trem para águas calientes e também pra o inicio da trilha inca, dei uma olhada pra me abituar com o lugar e achei tudo muito interessante. O visual do lugar é irado demais. Entramos na cidade e comecamos a subir os terracos de plantio feito nas encostas da montanha. Paramos em um deles para explicações e depois continuamos.






A subida foi congestionada, eram muitos turistas, isso eu achei um saco no Peru, diferente do Chile. Aqui é infestado de gente...e muitos velhos, europeus eles parecem que não se dão conta de que tem outras pessoas querendo tirar fotos ou ver as coisas, parece que são os donos do mundo e não são capazes de te dar um sorriso, sejam os mais velhos ou os mais novos. Ao contrario dos brasileiros, argentinos e outros paises mais pobres.


Lá em cima sentamos todos ao redor do templo do sol e o que faltou foi sol, porque o tempo estava começando a fechar de uma forma que me senti como um Inca em cima daquela montanha numa tempestade. Começou a trovejar e a cair pingos de chuva enromes. O guia disse que a chuva era boa, que eram os deuses e tal...bom eu nem ninguém ficou lá em cima esperando que um raio caisse na minha cabeça e resolvi descer. As pedras eram muito escorregadias e quase cai por duas vezes.


É impressionante as construcoes incas, tem peças de mais de 140 toneladas no topo de morros sem acesso algum. Perguntei ao guia como eles fizeram isso, como conseguiam e ele usou a teoria clássica do muita gente, muito tempo, com muito coração. Perguntei se não receberam nenhum tipo de ajuda meio que espacial e ele negou fortemente, pareceu ate ficar um pouco ofendido.


A cultura Inca é muito interessante, é baseada no três, tem três deuses, ve no homem, na mulher e no filho uma triplice unidade. É comunista, ou seja, um produzia e sedia para o outro e o outro dava em troca alguma coisa. Conheciam biologia, astronomia, economia, matematica, trigonometria e etc.


Adoravam arco-íris e fizeram de suas cores a sua bandeira. Por isso tudo em Cusco parece ser um ambiente gay-friendly. E adoravam o sol e a lua fazendo sacrificos para eles inclusive de mães com crianças e principalmente meninas virgens!!!



Cheguei em Cusco as 19h. Fui pro hotel, tomei banho, apanhei minhas roupas na lavanderia e soube que o guia da trilha Inca tinha me procurado no hotel e retornaria em 10 minutos. Pouco depois ele apareceu, fomos pra uma mesa e ele me explicou tudo, disse tudo o que precisaria comprar e disse coisas importantes. Me pareceu que iriamos para uma operacao de guerra. Me perguntou se tinha alguma doença, quis ver minhas roupas. Disse várias vezes coisas que eram muito importantes e que não poderia deixar de seguir, emfim, me deu uma direção bem minusciosa do desafio.


Fomos até uma casa de cambio, troquei os dolares e paguei os 130 que faltavam. Na despedida ele disse pra eu não sair amanha a noite e descansar bem.Depois fui esperar o Ivor que passaria no hotel as 21h pois iriamos pra alguma balada. 21:15 ele chegou e disse que marcou com outras duas brasileiras em frente a catedral. Estava menos frio que ontem mas mesmo assim estava bem frio. Depois a Talita chegou trazendo o saco de dormir que ele me emprestaria. Esperamos as garotas mais um pouco e depois desistimos e fomos comer.


Fomos a um restaurante italiano, comi uma lasagna e ficamos batendo papo. Depois decidimos ir a alguma boate, pois tinhamos recebido vários tickets de drinks gratis. Acabamos indo ao Mama Africa. O lugar não estava muito cheio, mas a musica estava boa. Como sempre muitos gringos. Ficamos lá bebendo e depois fomos pra outra mais animada...e bota animada nisso. A mithology, bem perto do meu hotel. Entramos já dancando, pegamos mais drinks e depois de dois drinks, uma cerveja e uma tequila eu ja estava com eles em cima do palco.


Uma mulher me agarrou e começou a se esfregar em mim, disse que era peruana e que amava brasileiros e disse que era o aniversario dela. Fiquei aturando ela já que ela era feia e também não tava nada sobria, volta e meia se jogava pra trás e eu tinha a obrigação de segurá-la se não ela dava com as costas no chao!!! Me desgrudei dela e continuamos dançando juntos. Encontramos as brasileiras e bebi mais um pouco. La pelas 3 da manhã fui pro hostel.

Dia 22 – 25/10/08 (sabado) – Cusco (O umbigo do mundo)


Acordei e fui conhecer a cidade. Saquei dinheiro, paguei o hotel, depois fui ao posto de informações turisticas, peguei um mapa e fui procurar tours para o vale sagrado. Acabei indo na própria agência do hotel e fechei por 25 soles o vale sagrado. Só que tinha que comprar o tal ticket turistico de Cusco. Um absurdo de caro (mais de 100 soles). Voltei no posto de informações turisticas e me mandaram pro atendimento ao turista na prefeitura de Cusco. Comprei o ticket parcial.



Rodei a cidade toda, tirei fotos na praca de armas, fui ver a famosa pedra dos 12 ângulos e dei uns soles pra um garoto me explicar várias coisas do antigo palácio Inka. Fui ao mercado San Blas e me impressionei com a quantidade de produtos que eles vendem por lá. Eu adoro mercados publicos. Lá dentro comecou a desabar uma chuva gigante. O pior é que chuvia la dentro tb...rsrsrsrsrs









Fiquei esperando a chuva passar e voltei para a cidade. Fiquei de bobeira no hotel, entrei no MSN e depois fui pra festa do Sr. dos Milagres. A praca de armas estava cheia de gente, com bandas, gente dançando e fogos de artificio também. Parecia uma festa junina. La pelas 22h começaram a estourar fogos em estruturas que giravam e foi lindo demais. Soltaram fogos típicos de reveillon também!




Perguntei algo a um Sr. que estava perto e ele começou a conversar comigo, sobre tudo. Disse que era de Cusco e tinha 76 anos. Falou tudo da vida dele, do Peru e de como os políticos nem aparecem por ali. Disse que o Peru é cheio de ouro e que nas florestas está lotado. Me disse que já foi jovem como eu e era bonito...eu dei trela pra todo aquele papo pois ele era muito gente boa e ouvir ele falar todas aquelas historias e dizer como o tempo passou rápido pra ele me deu uma sensação de pressa e de que tenho que aproveitar a vida muito grande.


Ficamos olhando os fogos, tinham mais de 30 estruturas. Estava muito frio, disse que lhe pagaria um ponche. Fomos até lá e acabou saindo de graça. A mulher nos deu de cortesia, era da banda. Pouco depois o Ivor e a Talita me encontraram. Ficamos batendo papo sobre a nossa travessia de Puno para Cusco e a deles foi bem pior, pois ficaram no meio da briga entre os manifestantes e a Policia e ainda tiveram que andar por horas de madrugada pela estrada...rsrsrsrsrs.


Os fogos acabaram eram 0:00h, nos despedimos do velhinho e fomos procurar um restaurante para comer. Comemos pizza e tomamos pisco sauer e ficamos conversando sobre tudo. Na hora de ir embora vários caras nos pararam pra entrar nas boates e inclusive nos ofereceram todo o tipo de droga. Fomos cada um pro seu hotel.