sábado, 29 de novembro de 2008

Dia 19 – 22/10/08 (quarta) – Arica / Tacna / Puno


Eu e o africano descemos do ônibus e ainda não havia amanhecido em Arica. Junto com um casal de espanhois fomos pegar um taxi pra fronteira. Pegamos o primeiro que nos ofereceu, o custo foi de 3.000 pesos. Achei ótimo. O cara colocou nossas bagagens no porta malas que não fechou! Ele amarrou com uma corda e fomos pra fronteira. O carro do cara era super velho, mas estiloso, um Pontiac.



Ao chegarmos na fronteira as 6, ele nos disse que teriamos que esperar ate as 7h!!! A fronteira é no meio do deserto e é super frio. Questinamos o porque de termos saido do terminal correndo para lá naquele frio. E ele nos disse que se não saíssemos logo depois a fronteira fica com uma fila gigantesca. Bom...me convenceu. Eramos o terceiro da fila de carros.


Uma hora depois dentro do carro, começamos a nadar. Saímos do carro sem as mochilas e carimbamos nossa saída do Chile. Entramos no carro andamos um pouco, paramos e saimos com tudo para carimbarmos a entrada no Peru. Passei pelo detector de metais e pronto estava no Peru.



Ainda faltava uns 50 km até Tacna. O taxista nos deixou no terminal Flores. E ao chegar em Tacna pude perceber a notável diferença entre Chile e Peru. A cidade é uma imensa favela!!!!! Horrivel. No terminal ele ainda foi conosco fazer câmbio. Troquei tudo o que tinha de pesos chilenos para soles e também 50 dolares (1 para 3). Achei a cotação boa.O taxista ainda me levou no outro ponto de taxi pois os ônibus com saída para Puno ficam em outro terminal, um de nome impronunciável...rsrsrsrsrs


O taxista me cobrou 5 soles e estava tão cansado que não quis ficar barganhando o preço. Aceitei e ele foi muito simpático. Este foi o momento que mais dme senti sozinho na viagem! Tipo...um lugar pobre, um taxista nada confiável, sem ter a mínima noção de ele tava me levando pro caminho certo ou não...no fim ele me deixou no terminal, ufa! Liguei pra casa, comprei a passagem e comprei um energético da coca-cola (só tinha quente) e um biscoito tipo waffer. Sentei perto do ônibus e mal sabia que estava para começar a pior viagem rodoviaria da minha vida.


Antes de entrar no ônibus, olhando os Peruanos eu senti meu estomago revirar. Tipo..eles entraram com tudo quanto é coisa no onibus, pensei comigo, isso não vai prestar. Sentei na parte de cima e ao meu lado um cara, mais ou menos 25 anos. Tentei trocar umas idéias com ele, mas ou o meu espanhol que era elogiado em todos os lugares que passava ficou pior, ou ele nao estava falando espanhol o tempo todo. Era a segunda opção. Ele misturava três idiomas, isso descobri depois de muita conversa com ele. Ele estava falando espanhol, quechua e um outro!


Logo ao comecar a viagem a paisagem é completamente desértica e depois vai mudando conforme vai se aproximando das montanhas. Derepente olho pro lado e ele esta chupando um saco com um líquido branco e coisas que não pude identificar dentro. Perguntei o que era e ele disse carne. Nao entendi e perguntei de novo...não poderia ser carne sendo a maior parte da gosma branca. Era uma espécie de sopa q exalava um cheiro terrivel. Assim que ele acabou de comer ele simplesmente tacou o saco no chão e pronto. Olhei pro chão, olhei pra ele com uma cara de espanto e simplesmente ele riu...


A viagem toda não foi diferente, em cada povoado mulheres entravam gritando: empanadas, empanadas e outras coisas. Nao havia nada industrial pra se comprar, as 13h todos desceram e começaram a comprar comida numa tenda e levaram pra dentro do ônibus...o cheiro ficou pior e depois novamente vi pessoas tacando os restos no chão ou pela janela.


Depois de sofridas 10h eu vi o Titicaca...lindo...grandioso, nao se via a outra margem de tão grande. Pensei comigo, chegamos! Nada...foram mais 2h até Puno até que já noite cheguei a Puno.


A cidade é estranha a noite na parte do terminal, peguei minha mochila e procurei alguém para informações de hotel. O posto de informações turísticas tava fechado. Achei uma mulher que fica falando os horários dos ônibus e perguntei de hotel, ela não sabia, mas disse que ficar perto da praça de armas era bom. Ela falou pra eu tomar um taxi, agradeci e peguei o primeiro que vi parado no terminal. O cara me cobrou 4 soles e eu perguntei de hoteis, ele disse q conhecia um bom, no centro, por 30 soles. Achei caro, mas realmente não tava afim de dividir quarto com ninguem. Aceitei mesmo achando caro.


O taxista me levou até a porta do hotel e cai na cama de cansaço, num quarto só meu e com chuveiro quente. Morrendo de fome, sai e perguntei na recepção por pizza. Em frente tinha uma. Comi a melhor pizza da minha vida, não sei se foi pela fome de ter passado um dia inteiro sem comer ou se era boa mesmo...o pessoal da pizzaria me adorou por eu ser brasileiro e capricharam, depois me deram um ponche pra me aquecer e me agradaram de tudo quanto foi jeito.

Um comentário:

  1. Ou você é um cara que economiza muito ou é muito mão de vaca. Querer barganhar 5 soles, 1 dolar e 66 com um taxista e ainda achar caro o hotel por 10 dolares a diaria? rs

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