sábado, 29 de novembro de 2008

Dia 23 – 26/10/08 (domingo) – Vale Sagrado (Entendendo os Incas e se divertindo em Cusco)


Sai 15 pras 8 pra tomar café e quando voltei ja tinham passado pra me buscar pro tour do vale sagrado. A menina da recepção correu comigo até a praça de armas e achou a mulher da agência que me encaminhou a outra praça onde fiquei esperando o ônibus junto com outros turistas. Enquanto estava na praça notei que não estava bem...acordei meio mal do estomago e quase cancelei o passeio, mas resolvi encarar.


Entrei no ônibus e já estava lotado. A conta certa, sentei ao lado de uma velha que era um saco. Ela falava em um espanhol incompreensivel e a toda hora queria me dizer algo e ainda por cima era super espalhafatosa. Alias todos no Peru parecem sentar largados. O guia perguntou o nome e a nacionalidade de cada um e fez umas piadas.


Fomos primeiro ao vale sagrado, o ônibus subiu, subiu e subiu e eu me aguentando de tão mal que estava. Era o famoso Soroche. Quando desci no mirante, mas gente pedindo pra comprar coisas e eles falam de um jeito que parece que estão sofrendo, implorando e são muito insistentes! Tirei fotos, o cara disse que o rio lá embaixo era o Amazonas, nao acreditei e deixei pra lá....depois procuro saber sobre isso.



Paramos numa feira de artesanatos e quando entrei um garoto me deu um chá de coca...aquilo teoricamente é bom pro estomago, mas acho que não ajudou em nada, além de que o gosto nao é dos melhores. Dois brasileiros vieram bater papo comigo e com todos que encontrei sempre bati papo, mas neste dia eu tava péssimo e fiquei completamente monossilábico com eles...devem ter me achado antipático, mas é que não conseguia ficar bem. Voltamos pro ônibus e quando a velha entrou ela estava comendo um milho, nossa, aquele cheiro acabou por embrulhar o meu estomago.


Quando levantei da cadeira pra ela passar soltei um: Ah não, dios mio! Que várias pessoas entenderam e riram. O cheiro era horrivel, ela comia de boa aberta...pensei comigo, só podia ser peruana. Quando chegamos em Pisac, entrou um cara solicitando os tickets do circuito turistico e o cara falou que andariamos 6 km!!! O meu humor ficou num estado negativo! Muita escadaria e ladeira, percorremos todas as ruinas de Pisac e paramos pras explicações. Achei a cidade interessante, as trilhas perigosas e vi que aquilo era um pequeno aperitivo para o que veria em Machu Picchu. No retorno pegamos uma escadaria enorme, aquilo me deixou completamente cansado, associado ao fato que estava passando mal.



Quando chegamos em urubamba para o almoco, corri pro banheiro. Nao aguentei e chamei o raul!!!! Nossa...aquilo foi aliviante demais, realmente algo que comi nao me fez bem, ou foi as curvas na estrada somado a altitude, não sei. Só sei que fui ao restaurante, comprei uma coca cola e só. Nao podia ver ou ouvir falar em comida. Fiquei no jardim conversando com uma Peruana que estava no tour, liguei pra casa e depois fomos pro ônibus. A partir dali fiquei melhor e quando chegamos em Olhataytambo já estava quase 100%.


A cidade é base pra saida do trem para águas calientes e também pra o inicio da trilha inca, dei uma olhada pra me abituar com o lugar e achei tudo muito interessante. O visual do lugar é irado demais. Entramos na cidade e comecamos a subir os terracos de plantio feito nas encostas da montanha. Paramos em um deles para explicações e depois continuamos.






A subida foi congestionada, eram muitos turistas, isso eu achei um saco no Peru, diferente do Chile. Aqui é infestado de gente...e muitos velhos, europeus eles parecem que não se dão conta de que tem outras pessoas querendo tirar fotos ou ver as coisas, parece que são os donos do mundo e não são capazes de te dar um sorriso, sejam os mais velhos ou os mais novos. Ao contrario dos brasileiros, argentinos e outros paises mais pobres.


Lá em cima sentamos todos ao redor do templo do sol e o que faltou foi sol, porque o tempo estava começando a fechar de uma forma que me senti como um Inca em cima daquela montanha numa tempestade. Começou a trovejar e a cair pingos de chuva enromes. O guia disse que a chuva era boa, que eram os deuses e tal...bom eu nem ninguém ficou lá em cima esperando que um raio caisse na minha cabeça e resolvi descer. As pedras eram muito escorregadias e quase cai por duas vezes.


É impressionante as construcoes incas, tem peças de mais de 140 toneladas no topo de morros sem acesso algum. Perguntei ao guia como eles fizeram isso, como conseguiam e ele usou a teoria clássica do muita gente, muito tempo, com muito coração. Perguntei se não receberam nenhum tipo de ajuda meio que espacial e ele negou fortemente, pareceu ate ficar um pouco ofendido.


A cultura Inca é muito interessante, é baseada no três, tem três deuses, ve no homem, na mulher e no filho uma triplice unidade. É comunista, ou seja, um produzia e sedia para o outro e o outro dava em troca alguma coisa. Conheciam biologia, astronomia, economia, matematica, trigonometria e etc.


Adoravam arco-íris e fizeram de suas cores a sua bandeira. Por isso tudo em Cusco parece ser um ambiente gay-friendly. E adoravam o sol e a lua fazendo sacrificos para eles inclusive de mães com crianças e principalmente meninas virgens!!!



Cheguei em Cusco as 19h. Fui pro hotel, tomei banho, apanhei minhas roupas na lavanderia e soube que o guia da trilha Inca tinha me procurado no hotel e retornaria em 10 minutos. Pouco depois ele apareceu, fomos pra uma mesa e ele me explicou tudo, disse tudo o que precisaria comprar e disse coisas importantes. Me pareceu que iriamos para uma operacao de guerra. Me perguntou se tinha alguma doença, quis ver minhas roupas. Disse várias vezes coisas que eram muito importantes e que não poderia deixar de seguir, emfim, me deu uma direção bem minusciosa do desafio.


Fomos até uma casa de cambio, troquei os dolares e paguei os 130 que faltavam. Na despedida ele disse pra eu não sair amanha a noite e descansar bem.Depois fui esperar o Ivor que passaria no hotel as 21h pois iriamos pra alguma balada. 21:15 ele chegou e disse que marcou com outras duas brasileiras em frente a catedral. Estava menos frio que ontem mas mesmo assim estava bem frio. Depois a Talita chegou trazendo o saco de dormir que ele me emprestaria. Esperamos as garotas mais um pouco e depois desistimos e fomos comer.


Fomos a um restaurante italiano, comi uma lasagna e ficamos batendo papo. Depois decidimos ir a alguma boate, pois tinhamos recebido vários tickets de drinks gratis. Acabamos indo ao Mama Africa. O lugar não estava muito cheio, mas a musica estava boa. Como sempre muitos gringos. Ficamos lá bebendo e depois fomos pra outra mais animada...e bota animada nisso. A mithology, bem perto do meu hotel. Entramos já dancando, pegamos mais drinks e depois de dois drinks, uma cerveja e uma tequila eu ja estava com eles em cima do palco.


Uma mulher me agarrou e começou a se esfregar em mim, disse que era peruana e que amava brasileiros e disse que era o aniversario dela. Fiquei aturando ela já que ela era feia e também não tava nada sobria, volta e meia se jogava pra trás e eu tinha a obrigação de segurá-la se não ela dava com as costas no chao!!! Me desgrudei dela e continuamos dançando juntos. Encontramos as brasileiras e bebi mais um pouco. La pelas 3 da manhã fui pro hostel.

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