sábado, 29 de novembro de 2008

Dia 8 – 11/10/08 (sábado) – Santiago (a primeira impressão é a que fica)


Dormi toda a viagem...foi muito bom pegar um assento leito, por que pude dormir bem. Não vi nada entre Pucon e Santiago. Viajamos de madrugada e a região da Araucania assim como Temuco e Los Angeles passaram batidas. Lá pelas 8 horas da manhã, o cara da Turbus avisou que em 10 minutos chegaríamos. Nos deu um suco com bolo e pêssegos em calda e troquei minha camisa porque estava ensopado de suor.


Ao chegar em Santiago, a cidade pareceu muito a parte pobre de Buenos Aires. Pensei comigo, ainda vamos chegar na parte boa...mas não, derrepente chegamos no terminal e pronto. Todos em Pucon nos avisaram para não dar mole em Santiago, porque tinha muitos assaltos e tal. Não me pareceu perigoso na rodoviária. O terminal do metrô é dentro dela e antes de me despedir da Roberta e da Solange peguei o telefone para marcarmos de ir a Valparaiso e Viña Del Mar na segunda. Tipo...tão esperando até hoje.


Fui ao banheiro, coloquei as lentes, escovei os dentes e fui para o metrô. Comprei o bilhete e perguntei pela estação Balquedano, próxima do bairro Bellavista onde era o albergue. Peguei o metrô em direção a escola militar (linha vermelha) e tranquilamente desci na estação. Via-se que me olhavam e pensavam: "esse cara não é daqui". Achei o metro rápido, confortável, limpo, porém apertado demais. Não seria suficientes trens assim em São Paulo.


Desci na estação, atravessei o rio Mapocho e cheguei na Bellavista. Tudo fechado as 8 de sábado. Achei a cidade muito vazia e a sensação de segurança também não é grande. Entrei no hotel, tomei o café da manha e dormi um pouco antes de sair por volta da hora do almoço.


Já na hora do almoço quando sai do albergue os restaurantes estavam abertos na rua Pio Nono e caminhando descobri que eles dão bem na entrada do zoológico e do cerro San Cristoban. Resolvi caminhar para o centro e atravessei o rio de volta e passei pelo parque municipal. Me pareceu muito, mas muito com o bairro do Flamengo no Rio de Janeiro. Ainda assim, não me sentia seguro mas bem, pois tampouco levei a câmera junto comigo. Somente com o mapa nas mãos fui caminhando para o museu nacional de Belas Artes. Entrei no mesmo vi duas exposições e no hall principal vários artistas pintavam quadros ou outras coisas na hora e podíamos ver como faziam. Pude ver uma garota pintar um quadro com um pincel e me gostou como fazer, realmente tem que se ter talento.


Sai do museu e caminhando em direção a praça de armas encontrei com o casal de brasileiros lá do aeroporto de Buenos Aires!!!! (que mundo pequeno). Conversamos um pouco e depois me despedi. Fui em direção a praça de armas e ai sim me gostou melhor a cidade. Tudo aberto, muita gente nas lojas, muitos turistas e a praça lotada, com banda, artesanato e muitas crianças. Ali me arrependi de não ter saído com a câmera.


Fui passear em algumas galerias e depois voltei por um caminho alternativo. Estava cansado da subida do vulcão. Decidi ir para o hotel descansar pois queria sair a noite. No hotel perguntei se não haviam brasileiros por lá e haviam cerca de 20!!! Três garotas de Cuiabá estavam no momento e fui falar com elas para sairmos. Elas aceitaram e fiquei na recepção conversando com dois dinamarqueses e com uma mulher da Nova Zelândia. A mulher não falava espanhol, somente inglês e eles também não. Me esforçava muito para entender tudo, mas eles eram rápidos demais para mim. Nessa hora tive noção de como meu inglês é péssimo e meu espanhol regular (eu estou sendo bem sincero comigo mesmo).


Lá pelas 23h saimos e a noite foi rápida, já que os relógios adiantaram 1 hora devido ao início do horário de verão. Comemos um completo (o cachorro quente deles com molho frio...blergh) e depois fomos de boate em boate para ver como é. Na maioria a entrada é grátis e dão ate um drink para as mulheres. Acabamos ficando em uma que tocava rock ao vivo. Ao entrarmos parece que fomos a sensação do lugar. Todos de preto e eu com um casaco verde e elas de outras cores. Percebi que nas ruas também todos estavam de preto. Me lembrou São Paulo, com muitos emos, punks e gente bem alternativa. A música era boa e ao sair de lá, sai bêbado de tanta escudo que tomamos.


Fui para o hotel dormir e combinamos de nos ver no dia seguinte, para talvez ir a Valparaiso, disse que as ia esperar ate 11:30h, pois elas iam a fazer inscrição em um congressso.

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