sábado, 29 de novembro de 2008

Dia 4 – 07/10/08 (terca) – Cruce de Lagos (No interior da cordilheira)


Acordei as 6, deixei o albergue e fui para a porta da agência. Não havia quase ninguém na rua. As 7 em ponto o ônibus do cruce veio me pegar e so tinha eu lá. Depois de 1h rodando por vários hotéis da cidade, o ônibus estava lotado...muitos casais e velhinhos de tudo quanto é lugar.


Chegamos no porto e pegamos o catamarã para fazer a travessia do Nahuel Huapi. Antes do embarque fiquei batendo papo com uns marinheiros, perguntando sobre o lago e tal. Novamente o dia estava lindo mas eu ia me maravilhar ainda mais.



Chegamos em Pellua e entramos em um ônibus para Puerto Alegre. A viagem foi rápida e finalmente chegamos no pequeno lago Frias. Lá, fui pra parte de fora do barquinho, passei muito frio, mas fui conversando com um mexicano e achei o lago um lugar especial, no meio da cordilheira dos andes. Finalmente estava passando pelos mesmos lugares que Che Guevara passou a 50 anos antes. inclusive a mesma cena que se passa em Diários de Motocicleta. Incrivelmente eu não achei o lugar nem mais nem menos surpreendente...achei exatamente como eu pensei que era...ou seja perfeito.





Chegamos em Puerto Frias e a guia argentina pegou nossos passaportes para dar saída na Argentina. Trocamos de guia e começamos um sobe e desce por uma estrada apertada e com muita neve nas bordas. Depois de uma hora chegamos na aduana chilena. Saimos do ônibus com nossas coisas para o carimbo dos passaportes e parecia que tinhamos acordado os guardas da fronteira chilena.


Ao entrar na fila e entrega o passaporte o policial pediu que eu tirasse os óculos bem firmemente o que fiz de imediato e pedi desculpas. Depois de carimbado tinha uma grande mesa onde todos colocavam suas mochilas e malas para a revista. A minha estava tão cheia que o policial não teve saco de revistar (eu acho). Me perguntou se tinha comida, eu disse que não e me liberou. Pronto...estava no Chile.



Depois de todos passarem pela aduana, entramos no ônibus e chegamos no hotel de Pellua onde o Cruce faz uma parada de umas 3 horas para o pessoal curtir o local e almoçar. O hotel é grande, bonito e caro!!!! Fiquei conversando a maior parte do tempo com um casal de brasileiros e com uns israelenses. Fui almoçar no restaurante do hotel (so tinha ele) e paguei cerca de 10 dolares num prato de camarão com cebolas que o Mexicano do lago Frias e sua mulher me indicaram. Grande merda. Paguei o almoço mais caro da viagem e so veio 3, somente 3 camarões num liquido cheio de cebolas, o que não dava sequer para um terço da fome que eu tinha. Enfim, tive que comer.



Fui pra fora do hotel e fiquei olhando as cordilheiras e me impressionou onde estava, bem dentro delas. De um lado e de outro só montanhas cobertas de neve e um céu azul lindíssimo. Fiquei admirando um avião que passava muito alto e me deitei num banco de madeira e fiquei descansando uns 40 minutos.


Derepente ouvi umas mulheres falando português e resolvi conversar com elas. Me pareceram bem ricas e viúvas também e conversamos sobre as nossas viagens. Tomei um sorvete, fiquei admirando um pessoal fazendo arvorismo e chegou a hora de partir. Tomamos o ônibus até o próximo porto e começamos a navegar pelo lago Todos os Santos. O lago é enorme e dá pra ver alguns vulcões. Coloquei o MP3 e fiquei tirando fotos e admirando a paisagem. O clima estava perfeito, sol com um friozinho e diante daquela paisagem pensei em muitas coisas sobre a minha vida. Muito do que quero ter, do que quero mudar e também de como estava contente por estar ali.




Avistei o vulcão pontiagudo e estava coberto de neve. Muito lindo!!!! Logo depois majestosamente a esquerda, surgia o vulcão Osorno. Foi a primeira vez que vi um vulcão com a forma como conhecemos. É simplesmente magnífico. Era tão grande e belo que não conseguia ficar olhando pra mas nada, só pra ele. Tirei muitas fotos e depois de 1h 45 m chegamos ao fim da viagem.




Tomamos outro ônibus e chegamos nos saltos de Petroe. Um rio formado na encosta do Osorno. Paguei 3 dolares de entrada e pude ver a água que vem do derretimento da neve e as rochas vulcânicas. Uma paisagem muito impressionante. Fiquei tirando fotos com os mexicanos e levamos uma bronca da guia porque o parque ia fechar e não saíamos de lá de dentro...estavamos tirando fotos do pôr-do-sol no Osorno.



Por fim cheguei a Puerto Varas, umas 20:30 h. O lago Villarica fica em frente a cidade e é muito frio!!! Corri para o hostel e deixei minhas coisas por lá. Tomei um banho e fui conhecer a cidade. Puerto Varas é pequena e não tem nada pra se fazer por lá. Procurei um pouco um lugar barato para comer e acabei num lugar que vende empanadas...até a essa hora, estava morto de fome. Andei pela praça...tinha uns tipos estranhos mas nada que pudesse apresentar perigo. Fui até o cais e fiquei admirando a escuridão do lago e as luzes da cidade. Na volta passei em frente ao cassino mas decidi não entrar.


O hotel estava vazio. É legalzinho, as pessoas são simpáticas mas não tem muita infra-estrutura como o de Bariloche. Fui dormir num quarto e fiquei sozinho nele.

Um comentário:

  1. Hola! No hablo portuges, mas si entiendo leerlo, me encanto tu blogg y las fotos me fascinaron de la naturaleza, naci en Chile pero radico en U.S.A en Las Vegas,Nevada
    Viajo bastante y planeo un viaje para el proximo ano donde visitare el sur de Chile y Peru, deseo ir a Machupichu. Gracias...muito obligado por su blogg!!
    Le invito a visitar el mio, escribo acerca de metafisica y cosas de la mente.
    Chao!! Que tengan un hermoso dia!!
    Vivi.

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