sábado, 29 de novembro de 2008

Dia 6 – 09/10/08 (quinta) – Pucon (a cidade dos esportes de aventura)

Fui fazer câmbio e depois fui para a agência de viagem que fui no dia anterior. No caminho tinha uma outra (turismo Florência) em frente a prefeitura e ao corpo de bombeiros e vi que eles estavam com uma blazer com várias pessoas e acabei indo falar com um cara sobre a visita ao vulcão.



Ele me disse que não tinha tour para a estação de esqui e que não tem ônibus para eu ir sozinho. Me ofereceu outros tours que não me interessaram e eu insiti em um tour ate a estação de esqui. Me disse que sozinho não dava mas que tinham duas brasileiras que voltariam em breve até a agência para escolher algum tour pra fazer e se caso quiséssemos nós três poderíamos ir até a estação de esqui.


Meia hora depois as brasileiras chegaram (Solange e Roberta). Me pareceram legais a princípio e não queriam ir a base do esqui, queriam fazer o tal tour pela zona onde se vê vários lagos, cachoeiras e vai até as termas. No final acabei convencido pelos três a não só fazer a ida as termas como a subir o vulcão no dia seguinte. Pelo tempo que fazia pareceria muito bom.


O guia Carlos nos deu tudo o que precisávamos comprar para o dia seguinte, para a subida do vulcão. Sanduíches, chocolates, bananas, 2 litros de água e uma garrafa de Pisco Sauer para comemorar.


Almoçamos pizza e fomos no supermercado. Encontramos um casal de brasileiros que estão fazendo toda a América Latina num motorhome e foram muito legais com a gente (tem o link do blog deles ao lado). Fomos para o supermercado, compramos tudo (o que elas queriam) e depois deixamos as coisas no meu hotel. Lá conversamos com um casal de francesas muito gente boa e fomos para a agência fazer o tour. Nós encontramos com um casal de chilenos em lua de mel e outros dois que estavam a trabalho em Pucon e mais um brasileiro que acabava de chegar da ilha de Páscoa (Richard) e foram fazer o tour conosco.


O tour foi muito legal, tirei muitas fotos dos parques, do vulcão e do lago mais ao norte. O guia Carlos era uma exceção a parte. Adorava os brasileiros e tentava aprender de tudo sobre o Brasil além de ficar a toda hora usando expressões como maneiro, tá ligado, da hora...tudo num sotaque estranhíssimo.


Nas termas, a principio não ia entrar na água, mas como todos entraram também entrei. A água estava maravilhosa de boa. E já tinha me esquecido como era bom ficar ao ar livre sentindo calor! O guia me recomendou sair da água quente e ir ao rio do lado de fora que estava gelado, falou pra mergulhar mesmo. O Richard foi e deu um grito assustador e depois ficou dizendo que a sensação era maravilhosa. De tanto insistirem e começarem com aquelas brincadeirinhas de vamos te jogar eu entrei.



Primeira coisa: Eu pisei nas pedras em falso e de imediato senti uma dor menor mais muito similiar a que eu tive quando distendi os ligamentos do meu joelho...pronto, pensei comigo, acabaram minhas férias. A segunda coisa é que a sensação de agradável é 0. Me pareceu que me enfiaram um monte de canivetes e soltei um berro tão grande que as velhinhas que estavam no local devem ter ficado horrorizadas. Com dificuldade, mergulhei a cabeça e depois sai da água sentindo muita dor no joelho. Entrei com cuidado na piscina de água quente e fiquei tentando movê-lo e massageando. A água quente ajudou muito, mas senti que não estava bem.


Ao voltarmos compramos a passagem para Santiago no terminal e fomos para o hotel fazer os sanduíches e enquanto falava com a Sônia elas faziam os sanduíches an cozinha. Fui falar com elas e vi que elas estavam com as caras de anta que tinham maior do que já eram. Depois foram falar comigo que o que compramos de presunto, queijo e patê só dava para um terço dos sanduíches. Falei pra elas pra deixar o que deu ali e irem ao supermercado e fazerem os outros no hotel delas e depois dividíamos os custos. Elas disseram que tudo bem e depois foram para o hotel. Combinamos de nos encontrar todos (elas, eu e o Richard) as 21 h em frente a prefeitura para jantar. Dei uma olhada nos sanduíches e vi que cada um tinha umas duas fatias de queijo e presunto juntas e estavam lotados de patê também. Percebi que poderia fazer uns 15 sanduiches com os quatro que tinha na mão...meu conceito de economia doméstica não era o mesmo que o delas.



Fui tomar banho e aproveitei para jogar mais água quente no joelho e depois fui me encontrar com elas. Cheguei as 21h em frente a prefeitura, o Richard chegou as 21:30 e elas as 22:30h!!!! Quem me conhece sabe como eu adoro chegar no horário em tudo o que faço e sim me irrito muito quando alguém se atrasa, ainda mais quando quem espera esta com fome.


Eu e o Richard fomos caminhando para o hotel delas até que encontramos as mesmas no caminho. Sério! Quando vi as roupas pensei que íamos alguma boate ou coisa assim e não tinha ninguém para vê-las na cidade a não ser os cachorros que infestam as ruas de todo o Chile. Aquilo me irritou mais ainda e o pior, escolheram um restaurante caro pra ir. Sério (novamente) percebi que tinha que fugir delas pois o meu conceito de viagem era muito diferente. Afinal eu tava de mochilão e daquele jeito eu não chegaria a Machu Picchu.


Comi o prato mais barato, um crepe chileno e divimos duas garrafas de vinho. O vinho mais o papo me deixaram um pouco mais irritado mas decidi entrar no clima e não me irritar porque estava afinal de férias! O problema é que a Solange era neta de chilenos e a todo tempo ficava idolatrando o Chile...e meio que denegrindo o Brasil. A outra só concordava, porque parecia não ter opinião sobre nada...enfim. Fiquei aproveitando a noite corcondando com todo o tipo de besteiras que elas falavam.



Voltei pro hotel novamente com ruas desertas, mas despreocupado.

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